Pipoca estourando na telha de zinco
Círculos dançam na poça cinza
Agulhas silenciosas furam o ar
Cheiro de asfalto... chove.
Zum zum de besouro
terça-feira, 25 de novembro de 2014
terça-feira, 13 de agosto de 2013
Céu de Araraquara
Difícil contar quantas estrelas brilham essa noite
Difícil imaginar quantos pontos iluminarão meu caminho
Inclino a cabeça e me ponho a pensar
A viagem é longa, são muitas paisagens, mas o que é do céu não muda
Lembranças de infância
Sorriso de criança
Fito o céu sem cansar
Me vejo como num espelho
São lágrimas ou sereno?
O céu é minha canção de ninar
Difícil imaginar quantos pontos iluminarão meu caminho
Inclino a cabeça e me ponho a pensar
A viagem é longa, são muitas paisagens, mas o que é do céu não muda
Lembranças de infância
Sorriso de criança
Fito o céu sem cansar
Me vejo como num espelho
São lágrimas ou sereno?
O céu é minha canção de ninar
quinta-feira, 11 de julho de 2013
quarta-feira, 26 de junho de 2013
Passa a hora (2005)
Passa a hora, chega logo, estou com pressa. O relógio me desperta numa manhã cinzenta, gritando ao meu ouvido que já está na hora de acordar e ir trabalhar, trabalhar, trabalhar e trabalhar.
O dia passa, as horas voam, o trabalho se acumula e eu não vejo a hora de chegar. Chega a reunião, chega mais trabalho, chega o chefe e não chega o meio-dia.
Meio-dia é hora de parar. Parar para descansar? Nem em sonho, é hora de almoçar, empurrar um lanche, já que a fila do banco é imensa e nunca chega a minha vez.
Chega dessa vida! Um pensamento se sobressai em meio a tantos outros carregados de problemas, ansiedades, dúvidas e paixões.
Apaixonada pelo trabalho. Paixão cega, absoluta, relação desgastada, ciumenta, prisioneira.
Vejo meus sonhos presos numa gaiola trancafiada em algum porão desse mundo. Mas não há tempo para pensar. O telefone toca, o cliente espera e eu só espero conseguir chegar ao fim de mais um dia.
Passa a hora, chega logo, estou com pressa de chegar em casa.
Chega dessa vida. Chega desse dia. Quero descansar. Dormir e sonhar. Libertar um daqueles prisioneiros da gaiola, até o sol raiar na minha janela e o relógio novamente gritar: Acorda! Passa a hora, chegou logo, tenha pressa! Um novo dia vai começar!
O dia passa, as horas voam, o trabalho se acumula e eu não vejo a hora de chegar. Chega a reunião, chega mais trabalho, chega o chefe e não chega o meio-dia.
Meio-dia é hora de parar. Parar para descansar? Nem em sonho, é hora de almoçar, empurrar um lanche, já que a fila do banco é imensa e nunca chega a minha vez.
Chega dessa vida! Um pensamento se sobressai em meio a tantos outros carregados de problemas, ansiedades, dúvidas e paixões.
Apaixonada pelo trabalho. Paixão cega, absoluta, relação desgastada, ciumenta, prisioneira.
Vejo meus sonhos presos numa gaiola trancafiada em algum porão desse mundo. Mas não há tempo para pensar. O telefone toca, o cliente espera e eu só espero conseguir chegar ao fim de mais um dia.
Passa a hora, chega logo, estou com pressa de chegar em casa.
Chega dessa vida. Chega desse dia. Quero descansar. Dormir e sonhar. Libertar um daqueles prisioneiros da gaiola, até o sol raiar na minha janela e o relógio novamente gritar: Acorda! Passa a hora, chegou logo, tenha pressa! Um novo dia vai começar!
quarta-feira, 17 de abril de 2013
Dori
Quando a música parar
O corpo sossegar
E você se ver só
Continue a nadar
Se a alegria demorar
E a esperança cansada
Na estação quiser sentar
Continue a nadar
Se você esquecer o motivo
Ver que não dá pé
E o real ofuscar seus olhos até vê-los fechar
Continue a nadar
Se o moleskine acabar
A Bic tombar
E faltar vocabulário para desabafar
Continue a nadar
Se você perder o rumo
Nadar em círculos
Chame aquele amigo
E continue a nadar
Se quiser relaxar
Deixe a corrente te levar
Mas depois de se recuperar
Continue a nadar...
Continue a nadar...
Continue a nadar...
O corpo sossegar
E você se ver só
Continue a nadar
Se a alegria demorar
E a esperança cansada
Na estação quiser sentar
Continue a nadar
Se você esquecer o motivo
Ver que não dá pé
E o real ofuscar seus olhos até vê-los fechar
Continue a nadar
Se o moleskine acabar
A Bic tombar
E faltar vocabulário para desabafar
Continue a nadar
Se você perder o rumo
Nadar em círculos
Chame aquele amigo
E continue a nadar
Se quiser relaxar
Deixe a corrente te levar
Mas depois de se recuperar
Continue a nadar...
Continue a nadar...
Continue a nadar...
sábado, 6 de abril de 2013
Tem que ser a dois
Andar de mão dada
Contar uma piada
Comentar a novela
Fazer comida em panela
Tem que ser a dois
Abraçar apertado
Dormir encaixado
Voar de balão
Cozinhar feijão
Tem que ser a dois
Ver foto antiga
Contar uma notícia
Ver de perto um Gaudí
Comer fondue
Tem que ser a dois
Fazer uma trança
Educar uma criança
Beijo de cinema
Frescobol em Ipanema
Tem que ser nós dois
Contar uma piada
Comentar a novela
Fazer comida em panela
Tem que ser a dois
Abraçar apertado
Dormir encaixado
Voar de balão
Cozinhar feijão
Tem que ser a dois
Ver foto antiga
Contar uma notícia
Ver de perto um Gaudí
Comer fondue
Tem que ser a dois
Fazer uma trança
Educar uma criança
Beijo de cinema
Frescobol em Ipanema
Tem que ser nós dois
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
Óculos
Doutor, eu não quero mais usar óculos. Nunca quis. Desde pequena me colocaram lentes e eu me tornei diferente das outras crianças. Eu não enxergava como elas. E ainda hoje não enxergo. O mundo que vejo através das minhas lentes é bem diferente do mundo real, mas como uso óculos, só enxergo desse jeito.
Não vejo que está chovendo, vejo agulhas silenciosas furando o ar. Não vejo comida caseira, vejo queijos e doces sem códigos de barra.
Não vejo que está chovendo, vejo agulhas silenciosas furando o ar. Não vejo comida caseira, vejo queijos e doces sem códigos de barra.
Essas lentes que me deram me mostram um mundo diferente, mas não quero mais usar óculos, aliás, estou aqui para devolvê-los, tome!
...
Doutor, minha vista está embaçada. O mundo é bem pior sem óculos. Não há poesia nem cor.
Pensando bem, não é tão ruim usar óculos. Tem coisas que só se vê através de lentes. :-)
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